terça-feira, setembro 30, 2008

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~



Tente não faltar...!


São Pedro das Águias, Granjinha, Tabuaço








segunda-feira, setembro 29, 2008


58.
não te juro fidelidade
com o corpo
para quê gastá-la em palavras

(textos do capricónio, 2001)


domingo, setembro 28, 2008

(clique na imagem)

só mais esta...

Entretenham-se a ler.
Pareceu-me decifrar no epigrafado a data de 1180.
(ainda eu era um moçoilo... acho até, que à data estava em Jerusalém, em férias de cruzada!).

de Soutosa a Tabuaço, uma rota Aquiliniana

Cemitério de Soutosa
Torre sineira do Convento de S. Francisco de Caria
Frontispício da obra O Crime de Serrazes
Entrada da igreja de S. Pedro das Águias, Granjinha, Tabuaço.

Destinei a tarde de domingo para aparar dúvidas e me confrontar com realidades e ficções da narrativa aquiliniana.
Assim, em A Via Sinuosa, (1918) e Lápides Partidas (1945) -- desde 1922 dito no prelo -- continua a senda autobiográfica que se inicia diacronicamente com Cinco Réis de Gente (1948), continua com Uma Luz ao Longe (1948) e termina com Um Escritor Confessa-se (ed. póstuma de 1974, escrito em 1962). Esta anacronia das publicações é assaz interessante, e só por si matéria para estudo....
A Via Sinuosa conta-nos a adolescência do jovem Libório Barradas, que vive no Convento de S. Francisco de Caria com seus pais, aí rendeiros, onde mora também Celidónia Violas, primeiro amor de Libório, com os pais e um irmão, gente sem eira nem beira, alojados por caridade. Entretanto, Libório vai estudar no Liceu de Lamego (Aquilino vai estudar para a mesma cidade, no Colégio Roseira, do Pe. Alfredo), terra onde o seu alter-ego é preso pela 1ª vez numa insurreicção de Republicanos contra o Seminário e o clero lamecenses. É ajudado por intercessão de um grande do Reino, Miguel Baila Taralhão Morrafora Galafura de Malafaia, casado com D. Estephânia, que seduz o jovem Libório. Têm paço no Arcozelo da Torre, o solar de Santa Maria das Águias (leiam o livro...).

Primeiro, o Convento de S. Francisco é hoje uma Escola Profissional e está em ruínas, tendo sido, efectivamente tudo aquilo que AR dele descreve (vide também Valeroso Milagre, 1921). Segundo, no Arcozelo da Torre há o solar dos Correias Alves e a trinta e tal quilómetros, já no concelho de Tabuaço existe o Convento românico de S. Pedro das Águias, onde terá ido, para baralhar, buscar o nome.
Em 1917, na freguesia de Serrazes, concelho de S. Pedro do Sul deu-se o crime que vitimou o fidalgo dr. Augusto Teles Malafaia, publicado em livro a 1921. O delº do procº da República, Adolfo de Sá Cardoso, pode ser filho de gente nada em Vila Nova de Paiva e ainda, a confirmar-se, parente dos Sá Marques que, por sua vez, seriam parentela afastada de Aquilino Gomes Ribeiro. Daí, talvez, a origem deste nome. Eu ainda conheci dois familiares dos Malafaias, o sr. Duarte Veiga e o neto, dr. Luís Novaes Malafaia
Entretanto, passei pelo cemitério de Soutosa, terra onde nascera o pai de AR, Pe. Joaquim Francisco Ribeiro, que também, generosa, o acolheu em sepultura. Nesta, muito mal tratada (atenção Fundação!) -- ainda dei um jeito às "pires" flores de plástico e algumas ervas maninhas -- jazem além daquele, Grete Luisa Martha Julia Tiedemann, com quem Aquilino casou em 28 de Fevereiro de 1913, em Parchinu, Berlim, a mãe de Aquilino, Mariana do Rosário Gomes e o filho do primeiro casamento do escritor Aníbal Aquilino Fitz Tiedemann Ribeiro, nascido em Paris, a 26 de Fevereiro de 1914.
Havia aqui muito que contar, muita ponta a congregar, mas deixo-vos por hoje com as fotografias...


Vem conduzir as naus, as caravelas,
Outra vez, pela noite, na ardentia,
Avivada das quilhas. Dir-se-ia
Irmos arando em um montão de estrelas.


Outra vez vamos! Côncavas as velas,
Cuja brancura, rútila de dia,
O luar dulcifica. Feeria
Do luar não mais deixes de envolvê-las!


Vem guiar-nos, Arcanjo, à nebulosa
Que do além vapora, luminosa,
E à noite lactescendo, onde, quietas,
Fulgem as velhas almas namoradas...

-- Almas tristes, severas, resignadas,
De guerreiros, de santos, de poetas.
(Camilo Pessanha, Clépsidra)

sábado, setembro 27, 2008









sexta-feira, setembro 26, 2008


quinta-feira, setembro 25, 2008

recado


manada


segunda-feira, setembro 22, 2008

Soturna, a casa, do castanho dos móveis asperge o deredor com suas outoniças cores.
E nem as alegrias cromáticas do meu original Nadir Afonso (com dedicatória manuscrita do autor), têm chama de dizer que o sol não foi já ido e hibernará até meados de abril...

domingo, setembro 21, 2008

Celidónia

(clique na imagem)

na noite
o peito
a pele
te pica

rainday


Um regougar lento, áspero, ladino, rouquido de erguer cobertas e fintar sonos da calentura da noite, arranhou a alvorada estremecida em seu torpor.
O céu, de abrupto acordado, numa ira estremunhada, respondeu com água grossa, rufando nos telhados e na terra seca hino de pugna.
Aos poucos, a dual cadência, num embalo inda junto à emersão do pouso, onde o corpo ajeitado se emalha, de atalaia ergueu sentidos e o pensamento, na voz dada à consciência constatou:
Mais um Domingo de merda pela frente!

sábado, setembro 20, 2008

S. Banaboião, Anacoreta e Mártir, Aquilino Ribeiro, 1937

(clique na imagem)
E então ele ousou... (...) E (Iluminata) acabou por se render, pagando-lhe o cometido com grata e benditosa prodigalidade.

via sinuosa

(clique na imagem)

quinta-feira, setembro 18, 2008


quarta-feira, setembro 17, 2008


terça-feira, setembro 16, 2008


ut pictura poesis


segunda-feira, setembro 15, 2008


domingo, setembro 14, 2008


tão quêda


Quem não teve um carocha?

Nada deste design é desarmonioso. Do final da guerra, da autoria de F. Porsche, o carro do povo estava aí. o Volks Wagen. o Fusca. O Carocha. Um dos maiores sucessos da história automóvel mundial. Reparem, com atenção, nesta traseira... tudo está perfeito como num templo grego. Mesmo aqueles dois óculos (olhos) tristonhos, mais tarde substituídos por um único, elíptico, depois alargado a uma espécie de rectângulo.
De reduzida estabilidade, era preciso ter "unhas"; os motores eram pouco potentes, mas de uma fiabilidade... Lembro-me de uma vez, durante o inverno, ir de Barrelas a Lamego, a "dar-lhe", com a estrada molhada, ter feito um "pião" numa curva, caído a um prado aconchegante, mais abaixo, ficar de rodas para o ar, ser ajudado por uns camponeses, com uma junta de vacas (mais segura), a inverter a situação, pô-lo na estrada de novo e continuar viagem como se quase nada se tivesse passado (tirando uns "galarós" e o tejadilho com mais alguns "extras"... ), há 33 anos, estávamos em 1975. Tempos acelerados...

sábado, setembro 13, 2008

Com incidências...

(foto tirada na Lapa)
...ou não, acabava de escrever o artigo infra publicado, recebi, eram 05H33, mail do Senhor Engº Aquilino Ribeiro Machado, com envio de precioso artigo para a Revista Aquilino, subordinado ao título "Em louvor da Serra da Lapa".

São 06h41... assim, as noites, como os dias, também rendem.

Faz hoje 123 anos que Aquilino nasceu no Carregal, Sernancelhe

Aquilino Ribeiro no final da década de 50.
O primicial livro de Aquilino Ribeiro, publicado em 1913 (ano do seu 1º casamento com a alemã de Mecklemburgo, Grete Tiedemann), escrito durante o 1º exílio em Paris (1908/1914).

(pf. clique na imagem)

O jovem Aquilino Gomes Ribeiro e uma conta paga por seu pai, em 1897, por mor de seus estudos no Colégio Roseira, do padre Alfredo, em Lamego, onde estudará até 1902.
Atente-se neste passo de Arcas Encoiradas (1953)
No convívio com mestres e discípulos fiz-me social e humano sem nada perder do eu. Além do que fiquei a dever a este estabelecimento em simpatia humana e serenidade, (...) aprendi a discorrer com discrime e razão lógica. Aprendi ainda a ser livre e a amar a liberdade, uma vez que nas próprias disciplinas em que bebi a ciência dos valores e das proporções, conforme a definição de Descartes, se me iam desenvolvendo as faculdades do raciocínio, imunizadoras do indivíduo em matéria de preconceitos.
Certidão/registo de nascimento de "AQUELINO", colhido na Igreja da Nossa Senhora da Corredoura, em Alhais, Vila Nova de Paiva.

(pf. clique na imagem)

sexta-feira, setembro 12, 2008

Dias que rendem...

Às 09h30 chegada à UA. Depois DLC. Assuntos tratados, uma corridinha à Costa Nova. A praia quase deserta, foi o tempo de um belo mergulho, umas braçadas fortes e uma corrida no areal.
Paragem obrigatória no Dory, sobre a Ria de Aveiro .
Tempo de encomendar uma sápidas amêijoas à Bulhão Pato, que se apresentaram assim...
... e partiram dest'arte, dizimadas...
...seguidas de umas navalhas (lingueirão) com couve salteada e migas... hum, deliciosas!
Água Vitalis, uma bica escaldada e ala para Viseu, porque o trabalho ainda não cessara.
E pronto! Os dias são grandes (ainda) e bem aproveitados, mesmo com 200 km de permeio, dão para tudo.
E ainda sobram horas...
Que vou fazer agora?